29 abril 2006

Raios de luz


A luz interna que ilumina e diz:

Segue os sentidos em direcção à luz;
Vigia os teus pensamentos e as tuas acções;
Sente o poder da vibração musical;
Deixa-te guiar pelo teu ser superior;

Irradia....Irradia...

O quê?

Pensamentos de beleza

Caminhando...














Momentos de cura e paz...

22 abril 2006

Morte e reencarnação



Quando se fala sobre a morte accionamos de imediato uma barreira de resistência mental que funciona como defesa, porque a morte permanece um mistério para nós. É totalmente imprevisível o dia da sua chegada, e no entanto é certo e seguro que todos morreremos um dia, por isso evitamos falar nela. A morte é uma das experiências mais traumáticas e dolorosas da humanidade, quem não perdeu já entes queridos? Pai, mãe, irmãos, companheiros, ou filhos?... Quando perdemos alguém muito querido a dor torna-se insuportável e tolda-nos a visão da realidade. Só sentimos a dor da perda, a frágil insegurança na incerteza da vida, pois nunca vemos a morte como uma passagem para um novo degrau na escala do desenvolvimento espiritual. Reflectindo sobre a morte recordei ensinamentos deixados por Alan Kardec na sua vasta obra.
A morte natural dá-se pelo esgotamento dos órgãos do nosso corpo físico e é a morte que determina a partida do espírito. O espírito vai-se desprendendo da matéria como um lento despertar, e à medida que retorna à vida espiritual, o seu passado se lhe desdobra diante dos olhos e ele julga como empregou o seu tempo na terra, se bem, se mal. Depois de deixar o corpo, a alma passa algum tempo em estado de perturbação pois ainda não está consciente do que aconteceu. Nos casos de morte violenta por suicídio, suplicio, acidentes etc., o espírito fica surpreendido, espantado e não acredita estar morto. Obstinadamente sustenta que não está. No entanto vê o seu próprio corpo, reconhece que esse corpo é seu, mas não compreende que se ache separado dele. Acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não percebe porque não o ouvem. Surpreendido pela brusca mudança, considera ainda a morte como destruição e aniquilamento, e como pensa, vê e ouve tem a sensação de não estar morto. Esta ilusão mantém-se até ao total desprendimento do perispírito.
No intervalo das encarnações o espírito progride, aplica os conhecimentos e a experiência que alcançou na terra, reconhece as suas faltas, traça planos para uma futura nova existência. A encarnação não é uma punição para o espírito, e só depende dele abreviar pelo trabalho de depuração executado sobre si mesmo, a extensão do período de encarnação. Quando reencarna, depois do nascimento, à medida que o espírito recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança do passado, sem perder as faculdades, qualidades e aptidões anteriormente adquiridas. O renascimento é um novo ponto de partida, um novo degrau a subir. Eis pois um novo homem por mais antigo que seja como espírito...

20 abril 2006

Páscoa


Imagem: Icon de Cristo em mosaico, Hagia Sophia - Turquia

Numa altura em que ainda estamos nas férias da Páscoa, é oportuno parar e reflectir um pouco sobre o assunto. Afinal o que é a Páscoa para nós? Como é que se vive a Páscoa hoje?
A palavra Páscoa significa passagem, a passagem para a libertação. Este simbolismo é comum a muitos povos desde a antiguidade, os pagãos comemoravam nesta altura a passagem do Inverno para a Primavera os Judeus comemoram a passagem da escravatura no Egipto para a liberdade na Terra prometida, mas os Cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo, a Vitória sobre a morte, a libertação espiritual. Jesus, ao dar a sua vida por nós vem dizer-nos que já sofreu o bastante, que veio trazer-nos a chance se sermos felizes. Veio dizer, acreditem no que vos disse, limpem as vossas mentes e os vossos corações, amai-vos uns aos outros como eu vos amei. É este o mandamento novo, o mandamento do amor. Eu entreguei-me com amor, venci a morte e liberto-vos da morte também! Eu Sou a libertação e a vida, quem acredita em mim e vive segundo os meus ensinamentos terá a vida eterna.
Foi neste espírito que vivemos a nossa Páscoa? Se não foi é hora de repensar as nossas atitudes e ponderar o que é que queremos e para onde vamos...

19 abril 2006

Reconforto

Amizade, chá e prosa

Um encanto existe, estado de alma de doce enlevo, um quê de alegria verdadeira, algo que me diz do bom-viver, visão de eterna busca: pequenas coisas, simplicidade, procura ansiosa e constante. Sinto, entendo, sinto que o grande presente da vida é dádiva de multisséculos, em gerações sem fim. O ser feliz é estar amando e ser amado, de tempo em tempo, ou em todo o tempo, não só do agora.

Poesia de Wanderlino Arruda


Aprenda a viver o amor verdadeiro, pois aquele amor não só restaura a harmonia em todo o seu ser, como ilumina e purifica o ar ao seu redor e todas as pessoas com as quais você se encontra.


Hoje seja o centro, o calor e a luz.
Hoje seja o Sol, o espiríto vivificado e a alegria de ser.
Radie, você está cá para isso!

Bom dia...

Hoje acordei assim....

Tome o sol como um modelo, que derrama luz, calor e vida.

12 abril 2006

Sobre o mal...

Imagem: A escada de Jacó - William Blake


O mestres Aivanhov no seu livro de respostas à questão do mal, falava que os inimigos que apareciam no caminho do discípulo serviam de degraus na escada da sabedoria. Segundo ele a perfeição e o atingir de graus superiores irá permitir a cada um ficar acima do mal e de forma alquimica transforma-lo no bem. Na senda espiritual apenas a alquimia do verdadeiro amor universal é capaz de tão grande transformação.

08 abril 2006

A Lei do Retorno

Imagem: As três bruxas - Henrich Fussli 1741-1825

A Lei do Retorno é muito curiosa, e no entanto nunca falha. É muitas vezes, confundida com desejos de vingança, maldade e sentimentos mesquinhos, por isso é temida, e considerada tabu por muita gente. É necessário desmistificar este equívoco para que não haja mal entendidos. Quem semeia ventos colhe tempestades, toda a gente o sabe, mas quem semeia amor colhe felicidade. É tão simples quanto isto, a questão coloca-se a outro nível, deve apelar-se à lei do retorno, ou deixar que a justiça divina se encarregue de dar o retorno merecido no momento mais oportuno? A dúvida só pode ser esta, porque a lei nunca falha, não tenhamos essa ilusão. Quem recorre à magia para satisfazer os seus desejos e caprichos, prejudicando pessoas, manipulando vontades, privando os outros do seu livre arbítrio, mais cedo ou mais tarde vai ser privado do que mais deseja pela Lei do Retorno.
Não será então, o apelo ao retorno uma aprendizagem, uma lição que oferece a oportunidade de voltar ao caminho certo?
Será que a amargura de certos corações não lhe permitem compreender a lição do retorno originando apenas mais um ciclo de azedumes?
Creio que as duas hipóteses estão correctas, são dois caminhos possíveis que dependem apenas do carácter de quem, com o seu livre arbítrio faz a escolha.

07 abril 2006



Da inocência das crianças até ao seu sorriso contagiante, o jardim composto pelos nossos sonhos e pedaços de amor reconstruído.

Nascer, renascer voltar a amar e recriar. Tornar o quotidiano rico de significação e de alegria vivêncial.

Olhar e sorrir, tocar e ser tocado, dar e receber, um gesto de entrega e felicidade sublime onde o amor assume as cores do arco-íris tendo a promessa de um pote cheio de valores unidimensionais.



Pausas...

Olhamos a imensidão e aos nossos pés tudo parece pequeno, simples e redutor. Sentimos o frio da terra a energia que desce pelos nossos pés e nos acaricia com uma ternura ancestral.

Sabemos quem somos e que caminho trilhamos.


Novamente olhamos a imensidão com um brilho especial no olhar. E sentimos as águas do Guadiana a trilhar o caminho e levando os nossos segredos desvelados.....