17 agosto 2006

É importante estarmos atentos…


Todos os dias são uma nova oportunidade para cada um de nós, não é só mais um dia para vivermos, mas sobretudo mais um dia para aprendermos e devíamos estar mais atentos às coisas que nos rodeiam e ao que se passa. Nada acontece por acaso, as coincidências só existem para aqueles que andam distraídos… Quando temos dúvidas , quando nos questionamos e ansiamos por uma resposta, ela chega até nós da forma mais inusitada. Depois de ouvir falar tantas vezes no livro “A Profecia Celestina” de James Redfield, decidi comprar o livro e lê-lo. É de facto muito interessante e fez com que ficasse mais atento às supostas coincidências… E estas férias tive uma experiência interessante. Andava eu descontraidamente às compras quando decido entrar numa lóginha esotérica. Entrei, vi tudo o que havia por lá, escolhi um presente e entretanto meti conversa com a senhora que tomava conta da loja. Era uma senhora perto dos 60 anos, sorriso afável e disposta a perder uns minutos de conversa comigo. Falámos de várias coisas relacionadas com alguns objectos expostos e conversa puxa conversa falou-me que tinha um sonho, ou melhor, uma vontade inexplicável de ter e trabalhar com uma bola de cristal, mas que ainda não encontrara a bola certa, a verdadeira segundo as suas palavras, aquela que só poderia ser em cristal de rocha pura. Ao ouvi-la veio-me ao pensamento uma forte intuição de que a senhora poderia mais facilmente obter experiências satisfatórias através do chá, fazendo do seu reflexo o espelho que encontraria na tal bola de cristal com que sonhava. Não resisti e disse-lho. Aconselhei-a a fazer um chá de ervas aromáticas e coloca-lo numa taça de cristal para ver o que acontecia. A senhora agradeceu e eu saí sem pensar mais no assunto. Quando entrei de férias regressei à tal lóginha esotérica, procurei saber se havia alguma coisa nova, falámos de muitas coisas e antes de sair perguntei-lhe se tinha experimentado o chá. Foi aí que compreendi. Eu não puxei conversa com a senhora por acaso, ele precisava de informação que eu lhe podia dar, e eu transmiti o que sabia. Quando lá voltei pela segunda vez foi a minha vez de encontrar as respostas que andava à procura. A senhora não tinha experimentado fazer o chá como tínhamos falado, tinha medo, insistia na bola, na verdadeira, mesmo depois de saber que obteria melhores resultados de outra forma e inventava para si mesma desculpas para não comprar a tal bola, que sabia onde encontrar uma, mas tinha medo de ir sozinha ao sitio onde sabia encontra-la e mais um horror de problemas que punha a si própria e tentava convencer-me a mim das suas desculpas, a mim que não lhe tinha pedido qualquer satisfação. Dei-me conta que estava perante o mesmo dilema, tornou-se clara a resposta às minhas perguntas. Porque é que não avanço mais se sei o que fazer e para onde ir? Porque ponho obstáculos no caminho, porque invento desculpas para mim mesmo, porque não queria quebrar os meus hábitos e criar novos que me permitiriam avançar muito mais. Só então me dei conta … De facto nada acontece por acaso, quando os ouvidos estão preparados para escutar, surgem as respostas que necessitamos. Devemos estar mais atentos, nós temos sempre algo para dar a quem se aproxima de nós por algum motivo que ainda não compreendemos, e essa pessoa tem também as respostas que procuramos se estivermos atentos e disponíveis para as escutar.