30 novembro 2006

Sugestão de Natal

Com o Natal à porta começa o corre corre nas lojas em busca do melhor presente para os que nos são mais chegados e para nós também. O meu presente este ano já está nas minhas mãos. Comprei um cd ! Mas não é um cd qualquer, é excepcional. Trata-se de uma compilação de música sacra para coro de vários compositores e de diferentes épocas interpretados pelo coro de New College, Oxford

Todas as músicas são magnificas e escolhidas a dedo, que nos fazem vibrar numa sintonia de harmonia interior e paz de espírito que nos transporta para outra dimensão.

Fica a sugestão...


26 novembro 2006

Perguntei ao Radhai...

Mensagem Mundana que o Tarot tem para você - É preciso nunca deixar de escutar a Sabedoria da Alma. Existem momentos em que a personalidade se deslumbra, deseja e busca conseguir coisas que trazem dor e sofrimento no futuro. O “sucesso” que estas cartas indicam agora, pode ser um destes momentos. É preciso não esquecer que resultados “positivos” que estejam em desacordo com a missão e a finalidade da alma encarnada só trarão abandono, dor e sofrimento no futuro. Escute mais o que sua Alma tem a dizer.

Mensagem Espiritual que o Tarot tem para você - Para começar algo verdadeiro sob o ponto de vista da vida espiritual é preciso ganhar a batalha contra os impulsos mundanos, a vida anímica e a cegueira moral utilizando-se da inteligência, do saber espiritual e do aprender a ouvir e seguir os conselhos cotidianos dados pela alma.

O Louco - A vida é um Túnel de Pressão. Quanto mais vivemos, mais responsabilidades e amarras criamos. Chega um determinado momento que viver muito mais para os outros do que para nós, transforma-se no cotidiano de nossas vidas. É um caminho sem volta. Tudo o que construímos, ou não, estará sempre conosco. É preciso ter cuidado com o que buscamos ou queremos da vida para não sonhar coisas impossíveis. De repente conseguimos o que queremos e a nova realidade torna-se tão ou mais curta do que um fugaz sonho. A resposta do Tarot é "positiva". Paz, felicidade, alegria e riqueza espiritual e material

Radhai

24 novembro 2006

Depois da tempestade vem a bonança



É costume dizer-se que da discussão nasce a Luz, e que depois de uma tempestade vem a bonança. Pois bem, mais uma vez esta sabedoria se revelou correcta e verdadeira. Depois de chegar ao limite das minhas forças, de verbalizar novamente a angústia de não estar a fazer a coisa certa e sentir que estava a perder tempo precioso da minha vida disse para mim mesmo: BASTA!! Nestes momentos difíceis Deus coloca-nos no colo de uma pessoa amiga e mostra-nos o caminho. Fez-se Luz!
Vou tentar resolver o problema às falas, se não resultar bato com a porta e arrumo de uma vez com a situação. Ponto final parágrafo

Uma tempestade interna que rebentou com as amarras deu lugar à bonança da Paz de Espírito. Vou ser eu próprio, alegre, confiante e persistente como sempre... e agir de acordo com a minha consciência.

Thanks my dear friend... Love you :P

23 novembro 2006

Para pergunta tonta, resposta fácil...



Pergunta tonta: Porque nos sentimos permanentemente insatisfeitos?

Resposta fácil: Porque não fazemos aquilo que gostamos de fazer, que nos satisfaz, completa, preenche e dá prazer.

Ponto final nesta verdade quase La Palissiana ou haverá algo mais por detrás deste aparente facilitismo?

Tenho andado irritado, cansado e a deitar contas à vida. Pergunto-me no caminho para o trabalho o que é que faz com que todas as pessoas com quem me cruzo de carro estejam sisudas, com ar triste e cinzento a reclamar do trânsito porque não tem coragem de reclamar da vida o que é seu por direito e está ao alcance das nossas mãos.

Olhei para mim mesmo. Porque é que eu não estou a sorrir e a cantarolar ao som da música que passa na rádio como habitualmente? Estou farto! Cansado de carregar ás costas o peso das coisas que não gosto de fazer e que não me dizem nada... e ainda assim continuo a fazê-las.

Pergunta tonta: Porque nos sentimos permanentemente insatisfeitos?

Resposta fácil: Porque a insatisfação é inerente a todo o ser humano!

Quem é baixo queria ser um nadinha mais alto, quem é gordo e se enche de gulodices, passa uma vida de frustração porque queria ser magro mas não quer deixar de comer tudo o que lhe apetece; quem é magro queria continuar a sê-lo mas comer tudo o que os gordos comem e vive frustrado com dietas infindáveis; quem é careca quer cabelo e quem o tem queria tê-lo mais liso, ondulado, mais forte ou mais fino etc. Ninguém está contente com o que tem, nem consigo próprio.

Não! Resposta demasiado fácil para não ter que dizer errada!!! Nada disso.

Não estamos satisfeitos porque não temos coragem para deixar de fazer o que é mais fácil. De mandar ao ar tudo aquilo que já não nos interessa e só atrapalha o nosso caminho, desenvolvimento pessoal e espiritual.

Em primeiro lugar há que definir o que é que se quer fazer da vida e como se quer vivê-la. Depois disso é por mãos à obra e fazer-se ao caminho.

Pedi e recebereis! Não foi isto que o Mestre ensinou? Porque temos medo de pedir? Porque não pedir ajuda e força para levar avante o caminho que gizámos como sendo o caminho da felicidade?

Fazer o que gostamos é o primeiro passo para alcançar a felicidade porque se põe AMOR nas acções.

Porque é que uma advogada não abandona um emprego que considera medíocre porque sempre sonhou ser cabeleireira? Porque prefere o status de Sra. Dra. ao prazer profissional, porque é mais fácil assim e viver frustrada por causa das aparências.

É difícil retirar a máscara e deixar cair as aparências. Esta é a resposta certa à pergunta tonta.

21 novembro 2006

Coro Celestial


Imagem : Anjos tocando música - Marcantonio Franceschini



A vivência espiritual é na verdade uma das coisas mais fantásticas que podemos experimentar. À medida que nos vamos entregando a este caminho e às experiências que vamos vivendo, vamos sentir uma maior intensidade em tudo o que vemos, sentimos e realizamos. As coisas acontecem ao seu ritmo próprio e à medida que vamos superando provas e adquirindo conhecimento, tornando essa aprendizagem parte da nossa vida no dia a dia, fazendo dela uma filosofia de vida. Não é fácil como à primeira vista parece, mas é realizável.
As pessoas com quem nos cruzamos na vida, vão surgindo também nessa sequência, na altura certa para que lhes possamos ensinar algo e aprender com essa passagem de testemunho e vice-versa. Não há coincidências.
Isto tudo para vos contar mais uma experiência que tive...
Em conversa com uma amiga que se está a iniciar nos caminhos da espiritualidade ela contou-me que estava com insónias e não conseguia descansar o suficiente. O trabalho não rendia no dia seguinte e sentia uma fadiga enorme.
Sugeri que à noite quando estivesse na cama e não conseguisse dormir, fizesse um exercício simples de meditação que costumava resultar comigo.
Disse-lhe para fechar os olhos e começar a concentrar-se numa luz amarela radiosa ou na luz de uma chama alaranjada, depois de se concentrar nessa luz deveria imaginar uma coisa muito boa que ela tivesse muita vontade de fazer e guiar os pensamentos para coisas relacionadas com isso e visualizar-se a fazer essas coisas. Expliquei que nessa altura iam começar a surgir imagens e que iria começar e ver coisas. A princípio apenas flashes como se fossem fotografias mas depois elas ganhariam uma sequência.
Disse-lhe que era forma mais fácil de abrir a mediunidade embora houvessem muitas outras técnicas, das quais também lhe falei, e que normalmente quando a pessoa começa a viajar noutra dimensão acaba por adormecer ao mesmo tempo que trabalha noutro plano.

Quando cheguei a casa, senti uma vontade enorme de fazer exactamente o que tinha sugerido à minha amiga e assim fiz. Deitei-me e fiz os exercícios tal e qual como lhe tinha sugerido e aconteceu uma coisa fantástica. Comecei a ouvir uma música. Um coro com vozes masculinas e femininas, uma melodia maravilhosa como eu nunca tinha ouvido. Era um Agnus Dei em latim, reconheci a letra mas não tinha nada a ver com as versões que eu conheço. Era um som celestial! Além das vozes havia uma parte instrumental que eu não consigo descrever por não haver qualquer semelhança com tudo o que eu já ouvi, foi lindo lindo lindo e no meio desta música maravilhosa consegui ver por 2 vezes o rosto do meu guia que fez com que eu ouvisse este coro angelical.Eu já tinha visto muitas coisas mas ouvir com esta nitidez uma coisa tão magnífica foi a primeira vez.
Eu ensinei, para que a minha amiga pudesse ter a sua experiência, e fui ensinado à medida que a ensinava a ela.

Soube dias depois que ela tinha conseguido através da meditação entrar pela primeira vez nesta dimensão única que nos transporta para o infinito porque abandonamos o invólucro corporal e libertamos o espírito...

20 novembro 2006

Isso e sexo..não teimes comigo, é amor!


Jogo de carícias, beijos, frases feitas, olhares sedutores, gosto disto e daquilo, faz-me assim e assado....ai tão bom ...ai tão bom e....FIM.

Acabou...cansado, exausto, de olhar ainda sedutor...

Durante esse tempo o Homem serviu como fogo e a mulher como lenha ao que o diabo se limitou a atear dando a ilusão de paixão, entrega e caminho de um futuro incerto.

Que bom...vamos repetir?

Não, não vamos....hã? o quê?

Aí o o ser recorda quem é, matéria que precisa de ser refinada, transmutada em algo mais puro.

Hum...quer dizer que vamos deixar de fazer sexo e ter prazer!?


Falaste bem, vamos deixar de fazer sexo mas vamos reaprender a ter prazer.

Sexo sagrado...algo que poucos querem experimentar porque isso obriga a conectar o ser com a sua realidade interior, os medos, as angustias de ser rejeitado, de até e quiçá terminar logo ali a relação. Porém o tesouro alquimico desta transmutação revela um caminho de entrega e ligação, em que os parceiros deixam de ser o Duo para ser o uno, em que ying yang, terra e céu se une, em que as vontades individuais se fundem num prazer alucinatório....na verdade... onde o amor toma as rédias do animal instintivo que há em nós.

Não me digas que já me amas?

Sim, mas não da forma como julgas, amo o ser interno que há em ti, tudo aquilo que és, porque vejo para além da tua mascara e do teu jogo.

Sim...interrompe lá agora!

Caiste....algo em ti se partiu e morreste para algo que nem mesmo sabias existir.
Nesse salto sentiste uma mão, algo que te amparou, acarinhou e te disse não estás só.
Um pensamento torna-se constante; perdoa-te não és perfeito e sim....chora deixa que as lágrimas te limpem e te purifiquem.

Saltas-te não foi?

A todos aqueles que ousam saltar, perdoar e renascer
http://www.youtube.com/watch?v=0j2BUYMULxI

Porque a morte quer fisica ou simbolica, leva em sim conteúdos mais complexos que a nossa mente ou sentimentos possam conter.

Importa-se de não me interromper!

Stress...agitação, trabalhos por fazer......relacionamentos e amizades, dúvidas e medos...amores perdidos.....raivas e ódios de estimação...momentos de angústia e vazio......

Nesse momento o Ser olha, para e sente que só lhe resta partir, afundar-se naquele abismo de vazios. Dá o salto.... cai .....

morte....nascimento....

Morte de quê?

13 novembro 2006

Cartas de Amor do Profeta



Esta semana que passou, foi de facto uma semana cheia em todos os sentidos. Vou partilhar mais um dos acontecimentos que me preencheram e fizeram reflectir.

Na quinta-feira, depois de mais um dia de trabalho e aulas, fui para casa em busca do jantar... Quando cheguei à porta do meu prédio vi na pedra saliente da ombreira da porta um livro. Achei estranho e lancei mão dele para ver do que se tratava. Era um livro que não sendo velho, denotava-se muito manuseado fazendo lembrar um livro de BookCrossing que por ter passado por tantas mãos denuncia a passagem do tempo de uma forma especial. O livro tinha uma página marcada e quando olhei para o título nem queria acreditar. “Cartas de amor do profeta” de Kahlil Gibran traduzido e adaptado por Paulo Coelho. Parecia ter sido lá colocado de propósito e para mim. Levei-o comigo! Durante o fim de semana li o livro e adorei. Decidi não guardar o livro para mim, vou passa-lo pelos meus amigos e depois quando todos os que estiverem interessados em lê-lo já o tiverem feito, vou deixa-lo num ponto de BookCrossing porque foi isso que senti ao pegar no livro pela primeira vez, e é dessa maneira que sinto ser a forma do livro sair das minhas mãos.

Vou deixar-vos com uma das cartas de Gibran que me tocou de forma mais profunda.

... “Tenho vivido em completo êxtase. A única coisa que o meu coração não sabia era amar a Vida. Por vinte anos, senti apenas uma imensa fome, uma imensa sede por algo que não conseguia compreender o que era.
Mas as coisas mudaram. Esteja onde estiver, execute o trabalho que for, vejo presente a generosa lei que transforma as nossas acções em flores, e transforma essas flores em Deus.
Essa fome, que me acompanhou por tantos anos, era a vontade de ver o que estava além de mim. Tentei de diversas maneiras, e agora encontrei o único caminho certo: através de Deus.
A alma procura Deus, como o ar quente busca as alturas, e os rios correm para o mar. A alma tem dois poderes: o desejo de buscar, e a capacidade de lutar por esse desejo.
E a alma nunca perde o seu caminho, da mesma maneira que a água não corre montanha acima. Por isso todas as Almas estarão em Deus, não importa quanto tempo demore.
O sal não perde as suas propriedades, mesmo quando misturado a todas as águas do oceano. A alma não perde esta fome de Deus; ela é eterna, e um dia será saciada.
A alma jamais deixará de buscar Deus. E quando O encontrar, descobrirá que Ele também a buscava.”

Fiquei cheio de vontade de ler “O Profeta” do mesmo autor...

10 novembro 2006

A vida, a paixão e o Amor...


Imagem: Atlas in love - Eric Droover

Voltando uma vez mais ao tema recorrente do Amor, interessa perguntar porque temos medo de Amar? Se passamos tanto do nosso tempo querendo encontrar alguém que nos compreenda, nos deseje, que nos ame e faça felizes, por que é que quando julgamos estar perante a iminência do momento sentimos receio, até medo e colocamos todos os “se’s” em cima da mesa?
Receamos perder a liberdade de movimento e acção? Mas senão saímos de casa por não ter ninguém, que liberdade é essa?
Receamos não ter tempo para as coisas que gostamos? Olhando por este prisma, não nos vamos lembrar de quantas e quantas vezes não fazemos nada do que gostamos por nos sentirmos desmotivados, sós, sem a chama da paixão que nos faz mover montanhas?
De facto a força do Amor é assustadora! Ele é cego e surdo aos olhos do mundo e só segue a sua própria razão. Não adianta remar contra a sua maré, que por mais que tentemos vamos acabar por ceder na exaustão e acabar à deriva. O melhor é nadar a favor da corrente, deixar, que o amor e a paixão nos carreguem ao seu ritmo próprio deixando-nos força e fôlego para dirigir as nossas braçadas entre as duas margens deste rio revolto.
O Amor ou paixão como lhe queiramos chamar é o turbilhão de sentimentos que nos faz avançar e amadurecer. A partilha a dois é essencial para seguirmos a caminhada da evolução. É uma aprendizagem difícil mas necessária que nos guia até aos nossos sentimentos mais fortes, mais puros e mais insuspeitos, se não o vivermos nunca vamos descobrir que possuímos esta força e esta capacidade, e é através desta descoberta que podemos mais tarde aplicar esta energia em todas as coisas na nossa vida.


Amar é estar vivo, é descoberta, é energia, é beleza, é a imensidão do Universo que nos rodeia.

08 novembro 2006

Lua Cheia, Mediunidade e Alegria



Já falei à algum tempo atrás da importância da alegria, e da forma privilegiada com que nos faz contactar com o sagrado, que nos faz sentir especiais, de bem com a vida, com o universo e com tudo e todos os que nos rodeiam.
Se nem sempre é fácil estar nessa frequência energética que nos mantém no estado de alegria e partilha com o Todo, para um Médium algumas vezes, para não dizer muitas, este controlo energético no dia a dia é mais difícil. Pelo menos para alguns médiuns, porque são mais sensíveis e recebem energias pesadas das pessoas com quem contactam ou lidam. Por vezes um simples olhar que se cruza com alguém no super mercado é suficiente para desequilibrar a sua energia. E daí advém quase sempre dores de cabeça, má disposição e até os sintomas e dores dessas pessoas, que ficam aliviadas porque limparam a sua energia carregando o médium.
Mas não é disso que quero falar, comecei precisamente por aqui para não ficarem com a ideia que a mediunidade é um mar de rosas e que com esses dons tudo seria perfeito na vida... Não é bem assim, não há rosas sem espinhos, mas há rosas de beleza inimaginável pelas quais vale a pena um médium encarar os espinhos com um sorriso no rosto. É de um desses momentos que quero falar.

Esta segunda feira foi especial para mim, tive a oportunidade de apreciar uma dessas “rosas” de beleza impar.
Um dia de muito trabalho desde que entrei, mercúrio retrógrado, problemas com a rede, o dia inteiro sem internet nem bases de dados... enfim, o caos instalado. Apesar de tudo isto eu estava com uma boa disposição contagiante. Estava feliz! Apareceu uma colega que está de licença de parto com a bebé que é linda e o sorriso da bebé aumentou ainda mais a minha alegria. Durante a tarde ia fazendo o que era possível fazer, e como não era muita coisa pelo que já expliquei e não havia ninguém para além de mim e da minha colega tivemos oportunidade de falar mais à vontade e ouvir algumas músicas que há muito tempo não punha a tocar e dar uma boas risadas. Saí do trabalho a correr para as aulas como de costume e ao intervalo baldei-me e fui para casa jantar mais cedo. A Lua já ia alta e estava uma noite de trovoada seca sobre Lisboa. Eu continuava com uma energia de amor profundo e decidi partilhar essa energia com a natureza e o Universo que me rodeia. Saí para a rua e fui passar a pé. Sentei-me num dos miradouros mais bonitos da cidade e apreciei a vista. Lua cheia por entre nuvens carregadas, relâmpagos que iluminavam a cidade com tons de branco e violeta, trovões que ribombavam mesmo por cima da minha cabeça a anunciar a tempestade, e eu ali, no meio do jardim a absorver toda aquela energia e a devolver ao universo toda a paz, amor e energia que me estava a ser dada. Uma troca perfeita, sem exigências, sem urgência sem pressões... apenas estávamos ali, eu e o mundo inteiro em sintonia. Levantei-me e continuei a caminhar pela cidade, calmamente, presenteando as pessoas que se apressavam por chegar a casa antes que a chuva caísse com um sorriso nos lábios e cantarolando baixinho.
Quando já estava perto de casa começou a chover de mansinho mas a um ritmo certo e seguro. Não me apressei como faria num dia normal, em vez disso apreciei aquela chuva que me salpicava o rosto e recebi-a como uma bênção, foi exactamente isso que senti, uma bênção. Continuei a caminhar ao meu ritmo, a rua já estava deserta, as arvores quase sem folhas e a chuva a cair por baixo de uma lua cheia maravilhosa.
Cheguei a casa com o espírito lavado, com a energia renovada, com uma alegria inexplicável. Ainda se sentia o cheiro do incenso que tinha deixado a queimar, a musica ainda tocava baixinho e as velas davam um toque de ambiente sagrado. Tirei o casaco, descalcei-me e deitei-me no sofá para meditar um pouco e apreciar este momento único. Acordei uma hora mais tarde para me ir deitar na cama com a mesma alegria que tinha sentido até ao momento e entrar noutra dimensão...

É nestes momentos que eu agradeço pelo facto de ser médium e estar vivo.
Obrigado!

03 novembro 2006

Anjo Guardião da Felicidade




Hoje, logo pela manhã, fui surpreendido por uma colega de trabalho enquanto tomava um cafezinho. Normalmente as surpresas no trabalho não são as mais desejadas nem tão pouco agradáveis, mas esta foi!
Quando passei pela porta do seu gabinete e dei os bons dias com um sorriso, como é habitual, ela chamou-me e disse que tinha trazido uns amigos com asas, e tinha um para mim também. Não percebi logo o que queria dizer com isso, e só me lembrei de uma tal publicidade a um produto bancário... Esbocei um sorriso expectante, e ela entrega-me um papelinho amarelo com uma pequena gravura de um Anjo e uma frase escrita. Fiquei contente. Uma mensagem do meu amigo com asas pela boca de alguém que eu jamais suspeitaria...
A minha mensagem dizia o seguinte:

“Anjo Guardião da Felicidade.

A sua tarefa especial é a de manter o seu coração sempre feliz, mesmo diante da adversidade, e mostrar aos outros o caminho para que também eles possam experimentar esta felicidade interna que não depende das situações exteriores.”

Depois explicou-me que a partir de agora ia trazer mais vezes estes seus “amigos”, tentar cumprir a sua tarefa e partilhar com os colegas esta felicidade simples, mas que podia ajudar muito a melhorar os nossos dias de trabalho.

Muito obrigado.
Vou tentar cumprir a minha tarefa o melhor que puder e souber.