24 maio 2007

Simplicidade


  • Hoje apetece-me escrever sobre a simplicidade… A simplicidade das coisas, da vida e do ser.
    Um destes dias de Sol, em que aproveitei a hora de almoço para dar uma voltinha a pé e apreciar o calor ainda suave da Primavera no rosto, reparei no ar apressado das pessoas que passavam por mim, nas suas feições e expressão. O ar de todos era sério e preocupado. Enquanto caminhava reparei também nas flores das ervas daninhas que cresciam junto ao passeio. Eram lindas, cheias de vida cor e alegria… Não devia ser tudo assim? Lembrei-me das palavras de Salomão sobre os lírios do campo… “ não tecem nem fiam e Deus veste-os das melhores sedas…” e na verdade aquelas flores maravilhosas nascem sem ser semeadas, crescem sem que ninguém as trate e sobressaem no meio de uma cidade de betão sem que ninguém repare nelas e nem por isso a sua beleza deixa se ser magnífica. Cores fortes, formas diversas mas sempre a harmoniosa simplicidade da vida contida em meia dúzia de pétalas e folhas. Conclui que a vida é tão simples quanto essas flores do campo que brotam entre cascalho e pedras. Para quê preocuparmo-nos se a vida simplesmente acontece, se hoje estamos aqui e amanhã… sabemos lá… O que é que realmente importa? O hoje? O agora? O que temos? Ou o que somos?