24 julho 2008

Relógio parado no tempo e as energias


Hoje quando cheguei ao trabalho senti um cheiro diferente, como se tivesse aberto um livro muito antigo mesmo debaixo do meu nariz. Era um cheiro adocicado, intenso, diferente; pousei a as minhas coisas, abri a janela ao lado da secretária e comecei a tratar dos assuntos pendentes. Ouço um tic tac, olhei para o relógio no alto do varandim e sorri! O relógio estava de novo a funcionar depois de vários anos parado. Trabalhar com a energia do Reiki é fantástico, pensei cá para comigo. Passo a explicar; antes de ontem senti a energia bastante pesada no trabalho, tinha pouca vontade de fazer fosse o que fosse, enquanto o chefe dormitava na secretária dele. Quando me olhei ao espelho e vi umas olheiras profundas fiquei de boca aberta, nem tinha notado que a coisa estava assim tão mal. Vampirismo energético requer tratamento rápido e lancei mãos à obra. Tratei da energia com muito reiki, fiz um auto tratamento perto da janela por onde entrava o Sol e senti-me imediatamente melhor. Ontem a diferença era notória, a energia mais leve e uma fluidez incrível no trabalho. No final da tarde quando já me ia embora fiquei a conversar uns minutos com o chefe sobre umas alterações de segurança a fazer em algumas estantes e lembrei-me de perguntar-lhe que chave era aquela que estava pendurada mesmo no meio da estante principal. Ele sorriu e disse que nem ele sabe ao certo do que se trata. Talvez fosse a chave de um relógio antigo que em tempos tenha existido, mas que já lá nem estava quando ele entrou ao serviço há mais de vinte anos. Depois disso, como as conversas são como as cerejas falou no relógio do varandim, um belíssimo relógio dourado do sec. XIX ao qual era costume dar corda, mas que à já alguns anos, com o aumento do volume de trabalho e por ser pouco prático, deixou de o fazer. Concordei que era um relógio magnífico, que era uma pena estar parado e brinquei com a situação mencionando um texto que tinha lido algures que dizia que “um relógio parado é uma afronta e um protesto contra o tempo… sem marcar o tempo marca permanência e exerce eternidade… É uma elegia às horas mortas… desassossega o efémero… desafia todos os minutos… Ilude o atraso, dói o tempo...” mais dois dedos de conversa, e o chefe disse que ia ver se acertava o relógio e lhe dava corda. Eu saí, ele anda ficou… E hoje quando cheguei, a surpresa. O tratamento foi tão intenso que a energia de estagnação, que o relógio parado representa, passou! Sente-se mesmo a diferença.

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