"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." Allan Kardec
29 maio 2013
A semente
“A
semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais
conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em
si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor. Longa é a
jornada. E sempre será mais seguro não entrar nela, porque o percurso é
desconhecido, e nada é garantido... mil e uma são as incertezas da
jornada, muitos são os imprevistos - e a semente sente-se em segurança,
escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca,
esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a
mover-se. A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as
pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha
será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos.
Não
havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por
milênios, mas para a plantinha os perigos são muitos. O brotinho
lança-se, porém, ao desconhecido, em direção ao sol, em direção
à fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por quê. Enorme é a cruz
a ser carregada, mas a semente está tomada por um sonho e segue em
frente.
Semelhante é o caminho para o homem. É árduo. Muita coragem será necessária”.
Esta descrição da carta me faz refletir sobre todos os momentos em que
precisamos ser como a semente: aceitar o campo em que caímos e, mesmo
dentro de um casca rija, acreditar nos nossos sonhos e romper esta
casca, olhando em volta, intuindo onde estamos e para onde vamos.
Se o ambiente for inóspito, temos que, pacientemente, esperar pela
chuva e pelo sol que vêm fortalecer nosso crescimento. Temos que
encontrar uma brecha entre as pedras e os espinhos para serpentear nosso
caule e abrir nossa copa e nossas flores debaixo do vasto céu azul que
nos espera
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