Na vida, em determinados momentos, surgem obstáculos que dificultam a nossa caminhada, dificuldades essas que são levantadas por nós mesmos a maior parte das vezes, e pelo nosso comportamento face à realidade que nos rodeia.
Ao reflectir um pouco mais no assunto, dei conta de que as atitudes que manifestamente provocam estas dificuldades são conhecidas à muito, sem que no entanto lhes prestemos a devida atenção, e tanto podem ser aplicáveis ao nosso dia a dia como nas empresas ou no trabalho.
Essas atitudes estão reflectidas nos “Sete Pecados Capitais” e é sobre eles que me vou debruçar um pouco convosco.
Vou começar por enumerá-los deixando uma breve definição, não porque não sejam sobejamente conhecidos, mas por facilidade de raciocínio e vou deixar-vos com a reflexão descomprometida de alguns pensadores eloquentemente insuspeitos.
-Soberba
-Avareza
-Inveja
-Ira
-Luxúria
-Gula
-Preguiça
Hoje vamos tratar a soberba, que é o primeiro dos sete pecados capitais, nos próximos post’s reflectiremos sobre cada um dos restantes de per si.
Soberba
O orgulho, a arrogância e a vaidade são sinónimos da dita soberba, e levam-nos à presunção e à vanglória, passamos a procurar sempre o reconhecimento e elogios e acabamos por nos gabar das coisas que fazemos com um orgulho que nos tolda a visão das coisas e a própria razão ficando a sensação de que "Eu sou melhor que os outros".
Ao reflectir um pouco mais no assunto, dei conta de que as atitudes que manifestamente provocam estas dificuldades são conhecidas à muito, sem que no entanto lhes prestemos a devida atenção, e tanto podem ser aplicáveis ao nosso dia a dia como nas empresas ou no trabalho.
Essas atitudes estão reflectidas nos “Sete Pecados Capitais” e é sobre eles que me vou debruçar um pouco convosco.
Vou começar por enumerá-los deixando uma breve definição, não porque não sejam sobejamente conhecidos, mas por facilidade de raciocínio e vou deixar-vos com a reflexão descomprometida de alguns pensadores eloquentemente insuspeitos.
-Soberba
-Avareza
-Inveja
-Ira
-Luxúria
-Gula
-Preguiça
Hoje vamos tratar a soberba, que é o primeiro dos sete pecados capitais, nos próximos post’s reflectiremos sobre cada um dos restantes de per si.
Soberba
O orgulho, a arrogância e a vaidade são sinónimos da dita soberba, e levam-nos à presunção e à vanglória, passamos a procurar sempre o reconhecimento e elogios e acabamos por nos gabar das coisas que fazemos com um orgulho que nos tolda a visão das coisas e a própria razão ficando a sensação de que "Eu sou melhor que os outros".
Virtude oposta : Humildade
Pensamento / Reflexão por Alexandre O’Neill
Os convencidos da vida
Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.
Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força.
Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?
(...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil.
Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro.
Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi.
Alexandre O'Neill, in 'Uma Coisa em Forma de Assim'
Posted by Rei Sapo
Pensamento / Reflexão por Alexandre O’Neill
Os convencidos da vida
Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.
Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força.
Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?
(...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil.
Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro.
Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi.
Alexandre O'Neill, in 'Uma Coisa em Forma de Assim'
Posted by Rei Sapo
1 comentário:
Àparte os galhardetes: gostei bastante deste texto. Talvez porque "convencidos da vida" não faltem por aí e já me tenha cruzado com uns quantos.
Keep up the good work!
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